ENSINO DO MESTRE BIMBA
BATISMO
O batismo foi desenvolvido pelo Mestre Bimba ao calouro, que seria o seu 1º contato real com uma roda de capoeira, nestas ocasiões o aluno joga com mais de um formado e ao final do jogo recebia seu nome de capoeira ou apelido de guerra, que a partir desta data o acompanhará por toda sua vida, ou enquanto estiver ligado á capoeira.Neste jogo o calouro deve mostrar o que aprendeu durante o tempo em que foi treinado.
Na época do Mestre Bimba, o calouro recebia também um lenço de seda que deveria ser usado no pescoço pelo aluno. Segundo a tradição o lenço deveria ser usado para o aluno se defender das navalhas dos adversários, já que pela leveza do tecido as navalhas deslizavam com facilidade, evitando assim que o capoeirista fosse atingido. Isto influenciou o sistema de graduação (cordas, cordões) que seguiam as combinações das cores da bandeira brasileira.
É o momento em que o iniciante da capoeira joga pela primeira vez na roda de capoeira com o acompanhamento de instrumentos. No batizado, o mestre escolhia o formando que jogaria com o calouro e então fazia o toque do São Bento Grande, toque característico da capoeira regional. Para isso o calouro era colocado no centro da roda, onde o mestre escolhia um apelido para ele. Após esta definição o “nome de guerra”. Depois de definido o nome de guerra o mestre mandava o calouro pedir a “benção” do padrinho, que ao estender a mão recebia uma benção que o jogaria no chão. E sem dúvida o mistério do Mestre Bimba era fundamental para a construção do processo da capoeira Regional baiano que definitivamente entrou no mas alta sociedade da Bahia.
Você tinha que ser um aluno do mestre Bimba até nos momentos de festa e ficar sempre atento a tudo e a todos. Ser aluno de Mestre bimba era o maior privilégio, pois o Mestre Bimba era um pai para todos.
Você tinha que ser um aluno do mestre Bimba até nos momentos de festa e ficar sempre atento a tudo e a todos. Ser aluno de Mestre bimba era o maior privilégio, pois o Mestre Bimba era um pai para todos.
A cerimônia iniciava com uma roda de formados antigos para que as madrinhas e os convidados pudessem ver o que era a Capoeira Regional. Mestre Bimba ficava ao lado da bateria que era formado por um berimbau e 2 pandeiros, comandando a roda e cantando músicas características da capoeira regional. Ao final da roda o mestre chamava o orador que geralmente era um formado mais antigo para falar um breve histórico da capoeira regional, e sobre a vida do mestre.
Após o histórico, o mestre entregava as medalhas aos paraninfos e os lenços azuis (graduação dos formados) as madrinhas. Os paraninfos colocavam a medalha do lado esquerdo do peito do formado e a madrinha colocavam os lenços no pescoço dos seus respectivos afilhados. Daí os formados realizavam alguns movimentos demonstrando a sua habilidade e competência.
Vários mestres contam que o orador da Turma do Mestre Bimba tinha que estudar um pouco sobre a capoeira regional e quando não o fazia no primeiro momento o Mestre Bimba dizia: (tá bom...) isto era um sinal de que o orador não sabia de nada, mas nada mesmo... então, era retirado da linha de frente para não estragar a festa. Assim era o Mestre Bimba cheio de mistérios com a sua Regional.
Após o histórico, o mestre entregava as medalhas aos paraninfos e os lenços azuis (graduação dos formados) as madrinhas. Os paraninfos colocavam a medalha do lado esquerdo do peito do formado e a madrinha colocavam os lenços no pescoço dos seus respectivos afilhados. Daí os formados realizavam alguns movimentos demonstrando a sua habilidade e competência.
Vários mestres contam que o orador da Turma do Mestre Bimba tinha que estudar um pouco sobre a capoeira regional e quando não o fazia no primeiro momento o Mestre Bimba dizia: (tá bom...) isto era um sinal de que o orador não sabia de nada, mas nada mesmo... então, era retirado da linha de frente para não estragar a festa. Assim era o Mestre Bimba cheio de mistérios com a sua Regional.